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Buried Alive

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Buried Alive é uma banda nascida já nos idos anos de 1991 em Vila Nova de Gaia, ou seja que passados 25 anos ainda mostram a sua perseverança de querer mostrar o seu trabalho e provar que ainda estão activos para mostrar o seu thrash metal.

   A sua demo de estreia surge em 1996 com o nome “The Fisrst Burial” a que se segue a promo-tape de 1998 “El Niño”. Após a participação em algumas compilações surge o primeiro longa duração “Spoils of War” em 1999, seguido por “Welcome to Reality” de 2001.

   Após uma grande paragem surgem em 2015 com o terceiro longa-duração “Exploding Ashes”. E que grande trabalho de regresso tiveram! A banda actualmente é constituía por Jorge Fernando (voz / guitarra), Ricardo Sousa (guitarra), Ricardo Vieira (baixo) e Hugo Almeida (bateria).

   Foi com o Jorge Fernando que ficamos a conhecer um pouco mais dos Buried Alive.

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Viva Jorge! É um prazer ter-te neste número da Ode Lusitana, especialmente porque se trata do ressurgimento destas edições, após uma pequena pausa e nada melhor do que iniciar com uma entrevista a Buried Alive. Foi com bastante satisfação que assisti ao lançamento do vosso álbum “Exploding Ashes” no Metalpoint, assim como o concerto já este ano de 2016 no Hard Bar em Bustos. Antes de avançarmos com a entrevista, queria saber o que é que te faz ainda subir a um palco para tocar, quando à semelhança de muita gente podias estar em casa no sofá ou numa esplanada algures por aí? O que te faz mexer e continuar a tocar este estilo de música?

Boas, Ode Lusitana! Ainda bem que gostaste, o que me faz subir a um palco para tocar, ao fim de tantos anos, é uma paixão enorme que tenho pela música, comecei a aprender música cedo, com 7 anos e a ouvir Heavy Metal e não só, para aí com 8 ou 9, portanto, imagina, mas não é só tocar é também ir ver concertos de outras bandas. 

O objectivo inicial da formação da banda em 1991 junto com o José Pereira foi de tocarem a música que gostavam. Como foi que se dá o início de começares a ouvir metal? Juntavam-se em casa de alguém para verem as novidades ou já andavam pelas lojas? Como conheces o José Pereira e dão início aos Buried Alive?

A ideia inicial de formar uma banda surgiu ainda antes de 1991, o Pereira era meu vizinho e da mesma idade do meu irmão, que desde muito cedo me iniciou no mundo do Heavy Metal, juntávamo-nos em casa dos meus pais e em casa dos pais do Pereira a ouvir grandes bandas, Iron Maiden, Judas Priest, Van Halen, etc. e a ver vídeos sacados do Headbangers Ball e outros como VH1. Depois como eu andava a aprender música foi só convencer-mos os nossos pais a comprar as guitarras e foi assim que começou.

Depois de lançamentos de alguns trabalhos e de uma paragem de 6 anos, regressam em 2009 e até previram o lançamento de um EP. No entanto mais mudanças na banda e para este álbum temos o Ricardo Vieira, o Ricardo Sousa e o Hugo Almeida. São amizades que já vem de longe? Existe muita diversão e loucura em cima do palco, mas nota-se que funcionam perfeitamente a nível musical. O objectivo será sempre o prazer de tocar para as pessoas?

As paragens que temos tido até hoje têm sido sempre por motivos profissionais, e como nenhum de nós vive da música, à excepção do Hugo, que é dono do Metalpoint, quando o trabalho interfere com a banda, infelizmente é necessário tomar decisões. O Pereira, juntamente comigo era elemento fundador, mas por questões de trabalho teve de abandonar e com ele o nosso baixista da altura, o Filipe Raimundo. O Ricardo Vieira já tinha gravado a nossa 2ª maquete “El Niño” e gravou o nosso 1º álbum, “Spoils of War”, por isso já era conhecido, o Ricardo Sousa, apesar de nunca ter tocado connosco já era conhecido da banda e a química entre todos resultou muito bem, e não é só a nível musical mas também a nível pessoal, que para mim é muito importante, ale de quatro membros de buried alive somos também quatro amigos e enquanto continuar assim iremos tocar até não dar mais, até o corpo não deixar.

Ao fim de 14 anos sem edições apresentam este novo álbum. Como surgiu a hipótese da edição ser feita pela Firecum Records? O Pedro Junqueiro além de pertencer à esta editora também é vocalista nos Booby Trap, tendo actuado com vocês. Qual a sensação de teres passado em palcos em que te reencontras com este pessoal que também anda a longos anos pela estrada e que continua a tocar por gosto? Muita troca de histórias entre vocês?

A ideia era gravarmos um EP, mas o incêndio no estúdio do Bruno Silva, fez-nos perder as gravações, por isso continuamos a compor e fizemos músicas para um álbum. Entretanto o Pereira e o Filipe saíram e tive que ensinar as músicas todas aos Ricardos e voltar a treinar a minha voz. A edição ia ser feita por nós, uma edição de autor ou disponibilizar de borla on line, mas através de um amigo comum, o Pedro Branco da Bunker Store, entramos em contacto com o Pedro Junqueiro e chegamos a acordo para a edição do álbum e cá está ele, ao fim de tanto tempo. Os concertos que demos juntos foram fantásticos porque houve uma cumplicidade muito grande entre as duas bandas, talvez pelo amor que todos temos pela música, por andarmos cá à tantos anos, não sei, o que me interessa é o bom ambiente que tivemos nesses concertos…venham mais.

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Buried Alive fez este ano 25 anos de carreira. Imagino que não estarias à espera desta longevidade? Como olhas para a passagem destes anos todos? Que achas do grande número de bandas que a cena nacional actualmente possui?

Sinceramente, não mas, olhando para trás no tempo, a paixão pela música, enquanto durar e como já disse, o corpo deixar eu vou cá andar, seja com esta ou outra banda, com este pessoal ou outro, o que interessa é a diversão, nossa e do público que vai aos nossos concertos. Acho que por um lado é bom termos tantas bandas no activo, algumas novas, alguns regressos, mas como em tudo, isso gera também muita competitividade entre as bandas, mas desde que seja saudável, é na boa. Estamos cá é para tocar e como eu costumo dizer, eu só estou bem é em cima do palco.

Ora bem, álbum lançado e acredito que o que vocês querem será vir para a estrada tocar! Mesmo assim, deixo aqui este espaço para as tuas últimas palavras nesta entrevista e agradecer a tua disponibilidade e ajuda. Muito obrigado!

Sim, agora queremos é tocar, e tocar, e tocar……

É uma honra estar a ser entrevistado por vós e quem tem de agradecer sou eu e a banda por ainda haver pessoas como vocês com este tipo de iniciativas. Obrigado também aos fãs e todas aquelas pessoas que vão aos concertos, nossos e de outras bandas.

Obrigado por tudo e continuem assim.

Apoiem o Metal Nacional. \m/

Abraço

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Buried Alive – “Exploding Ashes” CD 2015 (Firecum Records)

Passados 14 anos desde a edição do seu último registo, ficamos absorvidos com o lançamento deste trabalho dos Buried Alive. Com a sua sonoridade vincadamente thrash, mantêm as influências sonoras do género da década de 90, com guitarras bem balanceadas, acompanhadas por uma secção rítmica que parece uma autêntica trituradora. As guitarras não se limitam a descarregar riffs, mas combinam para criar ambiências agressivas e pesadas, que nos influenciam para ter atenção ao trabalho que está a ser feito. As gravações, misturas e masterizações foram feitas no Metalpoint pelo Hugo Almeida, baterista da banda, sendo o trabalho de produção da banda toda. Um som final muito bem conseguido! Para os apreciadores de thrash metal é um álbum a ter em atenção e para os curiosos e interessados também.

 

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