Divulgação do metal português

Archive for Setembro, 2016

Ode Lusitana # 15 – Setembro 2016 já disponível

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Número de Setembro da Ode Lusitana já se encontra disponível para leitura e download gratuito.

Fanzine de divulgação do metal português com entrevistas a Daniel Laureano (A Constant Storm) e Pedro Frazão (Konad). Notícias sobre Booby Trap, Alkateya, Decayed, Attick Demons, Legacy of Cynthia, Lyfordeath, RAMP, Silveira Rock Fest e Paws & Claws.

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A Constant Storm

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   A Constant Storm é um projecto a solo do Daniel Laureano (Stormbringer), fundado no Porto em 2013 e que em 2014 contou com o lançamento da demo “Storm Born”, editando nesse mesmo ano o single “Love Crimes” (cover do tema dos Moonspell). Mas é com o primeiro longa-duração “Storm Alive” editado há poucos meses, que marcou definitivamente o panorama nacional, com uma diversidade musical fantástica, tornando este álbum um dos melhores editados a nacional.

   Estivemos à conversa com o Daniel para entrar no mundo de A Constant Storm, onde a nível musical tudo é permitido.

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Viva Daniel! Muito obrigado por esta tua presença na Ode Lusitana e é um prazer já que este teu projecto, A Constant Storm, veio trazer uma lufada de ar fresco ao underground nacional. Foi engraçado já que tive o primeiro contacto com o teu som através do tema “Pale March” editado na compilação “13 Portuguese Metal Compilation Vol. 7”, enquanto conduzia o carro paro o trabalho e fiquei bastante impressionado, entrando pouco depois em contacto contigo para adquirir este teu álbum “Storm Alive”. Já se passaram alguns meses do lançamento e as críticas e entrevistas tem chegado de todo o lado e bastante positivas. Como estás a reagir a todas estas respostas que tens tido deste teu trabalho?
Antes de mais, muito obrigado pelo convite e pelo interesse no projecto!

Até ao momento a resposta a este trabalho tem sido muito positiva, sendo que ainda não recebi qualquer review com pontuação inferior a 7/10. Confesso que estava à espera de receber críticas mais polarizadas, dada a natureza desafiante do álbum. Isto mostra que, ao contrário do que por vezes se pensa, os fãs de música neste país (e não só) estão dispostos a escutar propostas que não jogam pelo seguro e que fogem ao habitual.

 
Um projecto que começa com um “simples” Vendaval (primeiro nome proposto mas não foi avante) e que cresce para A Constant Storm, está a ser muito maior do que o primeiro conceito que criaste para este teu trabalho, iniciado em 2013? Qual foi o teu conceito original?
Este projecto nasceu sobretudo da necessidade que sentia em criar música, numa altura em que ainda não pertencia a qualquer banda ou colectivo. Na altura não me preocupei muito em pensar se isto poderia crescer e atrair a atenção de pessoas que não eu mesmo e foi nessa ordem de ideias que compus e gravei o primeiro EP, “Storm Born”. No fundo, fiz música por mim, para mim e fi-la recorrendo a meios rudimentares, que eram os que tinha à minha disposição.

 

Neste teu álbum “Storm Alive” tens a participação do Afonso Aguiar e do Ricardo Pereira, com quem fazes parte nos Moonshade e que também executam um excelente trabalho neste teu álbum. Como começou esta vossa amizade, que foi crescendo com o tempo e como foi a abordagem para este teu trabalho? É verdade que tens total autonomia já que é um projecto teu, mas em termos de gravações e ideias tiveste interesse em ouvir a opinião deles, ou serviram como suporte para transporem o que tinhas na tua mente?
Conheci o Afonso e o Ricardo quando entrei nos Moonshade no início de 2015, e eles, tal como os outros membros da banda, rapidamente se tornaram grandes amigos e pessoas que agora são como família para mim. Este excelente ambiente facilita tremendamente a criação musical e funcionamento entre todos, tanto na banda como em projectos paralelos como é o caso deste. Falando mais concretamente no álbum “Storm Alive”, apesar da composição musical ter ficado a meu cargo sempre estive receptivo às sugestões de ambos. Penso que as diferentes perspectivas só podem ajudar a fortalecer o resultado final e que essa variedade perder-se-ia se assumisse uma postura intransigente em relação a ideias que não partissem de mim próprio.

 

Ao fazer a pesquisa para esta entrevista houve algumas referências que fazes, que achei muita curiosidade e uma delas foi a alusão ao álbum “Nordavind” dos Storm (álbum único, lançado em 1995, que contava com a participação de Fenriz (Darkthrone), Satyr (Satyricon) e Kari Rueslatten (The Sirens)), pela que te marcou, pelo nome e acima de tudo pela variedade. És bastante receptivo a estas sonoridades diferentes? Estes músicos assim como outros como por exemplo Ihsahn (Emperor, Hardingrock, etc…), Garm (Ulver), mas principalmente (e um dos que mais respeito e sinto curiosidade) que é o caso do Fenriz, vieram todos de um meio mais black metal, mas tem uma visão muito mente aberta da música. No teu caso, também tens uma paixão forte pelo black metal, mas consegues explicar este viagem sonora que pelos vistos nasce neste género? O black metal é propício a este estudo por novas sonoridades?
Sou definitivamente receptivo e influenciado por todo o tipo de sonoridades, uma vez que acho que a música é demasiado rica e interessante para uma pessoa se prender a um só género, como compositor mas também como simples ouvinte. Sem artistas com mente suficientemente aberta para incorporar sonoridades diferentes esta arte nunca teria evoluído e, como tal, é extremamente agradável para mim poder apreciar Rotting Christ da mesma maneira que aprecio Queen, Ulver, The Sisters Of Mercy ou Kendrick Lamar, para dar alguns exemplos. Quanto ao black metal, penso que se trata de um estilo-base que de facto oferece muitas possibilidades de evolução. Existem vários casos de bandas e artistas com raízes neste estilo musical que levaram o seu som por caminhos tremendamente distintos e interessantes. Falo por exemplo dos já referidos Ulver à cabeça, mas também Ihsahn, Blut Aus Nord, Enslaved e por aí adiante.

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Agora vou ser um pouco mau, mas depois de ler todas as tuas influências musicais e que são das mais variadas possíveis, quero que indiques cinco álbuns que te marcaram e o porquê. A música sempre foi uma constante na tua vida desde que idade? Como surgiu o teu interesse por aprenderes um instrumento?

De facto, a dificuldade está na escolha!
– Bem, em primeiro lugar na minha lista coloco o “…And Justice For All” dos Metallica. É um álbum muito à frente do seu tempo, de uma banda também muito à frente do seu tempo e que é constantemente criticada por nunca se ter conformado a tocar o mesmo estilo durante 5 ou 6 álbuns seguidos. Os Metallica são, também, a banda que mais me fez apaixonar pela música da maneira como me apaixonei, portanto são uma influência seminal para mim.
– Depois, “Into The Labyrinth” dos Dead Can Dance, pela quantidade impressionante de diferentes sons e ideias musicais que eles conseguem fazer coincidir e combinar de uma maneira extremamente harmónica. O Brendan Perry é, também, uma das minhas maiores influências a título individual, tanto pelas suas composições como por ser um multi-instrumentista tremendamente capaz.

– De seguida, “Blood Inside”, dos Ulver. Um trabalho completamente impossível de confinar a um único género musical e que teve um impacto enorme em mim quando o ouvi pela primeira vez, pois veio redefinir toda a minha maneira de ouvir e pensar a música.
– Continuando, o já referido “Nordavind”, dos Storm, pela influência que teve neste projecto e pela qualidade absolutamente viciante e mestria dos arranjos que o duo Satyr/Fenriz aplicou a estes temas provenientes da tradição folclórica norueguesa.
– Por último, “Blind Scenes”, dos Soror Dolorosa, um dos trabalhos que mais me impressionou nos últimos anos, pela maneira perfeita como a banda mistura o gótico britânico clássico com uma melancolia muito própria e característica da cena coldwave francesa, sem nunca perder a sua identidade.

Respondendo à segunda parte da pergunta, comecei a interessar-me verdadeiramente por música por volta dos meus 11 anos de idade, através do meu pai e de alguns CD’s que ele tinha comprado ao longo dos anos, os quais acabou por me oferecer. Estes foram os primeiros álbuns que escutei por inteiro na minha vida: “Master Of Puppets”, dos Metallica, “Coma Of Souls”, dos Kreator e “Stained Class” e “Hell Bent For Leather”, dos Judas Priest. Juntamente com alguns ficheiros mp3 que havia reunido dos Scorpions, Iron Maiden e Nirvana e com alguns artistas cujos videoclips rodavam na MTV, como System Of A Down e Green Day, fui criando as bases para a minha exploração musical. Curiosamente já tocava guitarra há cerca de um ano, na altura por sugestão da minha professora de educação musical do quinto ano de escolaridade.
A vida é uma tempestade constante?
Definitivamente. Tudo acontece a um ritmo tão alucinante que é impossível escapar ao movimento e as mudanças trazidas pelos acontecimentos fazem com que a vida de cada um seja um turbilhão constante de momentos, tanto bons como maus.

 

Tens formação em audiovisuais e o teu objectivo é vires a trabalhar seriamente na área da fotografia. Como nasce essa tua paixão e quais as tuas referências ao nível de fotógrafos. Já tens apresentado alguns trabalhos teus ao público, ou em algum meio de comunicação? Qual a tua ideia de identidade visual para A Constant Storm?
A minha paixão pela imagem só floresceu verdadeiramente quando entrei na Escola Superior de Música, Artes e Espectáculo para o curso de Tecnologia da Comunicação Audiovisual e entrei em contacto com artistas fantásticos, que trabalham vídeo, cinema, fotografia, instalação, performance e todo o tipo de combinações diferentes entre estas formas. Tenho maior afinidade pela fotografia e as minhas maiores referências têm sido sobretudo artistas que trabalham sobre a identidade do próprio, muitas vezes através do auto-retrato, como Francesca Woodman, Jorge Molder, Nan Goldin ou Jeff Wall, este último pelas complexas encenações que cria nas suas fotografias de enormes dimensões. Sou também muito influenciado por capas de álbuns musicais que contenham fotografias, particularmente as capas do projecto alemão Sopor Aeternus & The Ensemble Of Shadows, cuja influência é evidente na capa do “Storm Alive”.

 

E assim chegamos ao final da entrevista! Obrigado por tudo. As últimas palavras são tuas e podes dizer o que quiseres!

Muito obrigado à Ode Lusitana pela oportunidade de responder a estas perguntas tão interessantes e de dar a conhecer o meu trabalho a um maior público. Sigam o projecto A Constant Storm no Facebook, Bandcamp e YouTube e apareçam na sessão de lançamento do disco “Storm Alive”, na Bunker Store, no próximo dia 24 de Setembro!


Konad

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   Konad, banda de Vila Franca de Xira, está a festejar os 20 anos de existência, tendo começado em 1996 ainda sob o nome de Konad Moska. Praticantes de uma mistura entre os mundos do punk e do thrash metal apresentam um crossover agressivo, que não deixa ninguém indiferente.

   Depois de algumas demos editadas é no ano de 2012 que editam o seu primeiro longa-duração de nome “Café Beirute”, mas é em 2015 com o seu segundo longa-duração, “Irae Dei” que vemos essa mudança na sonoridade dos Konad a enveredar por um caminho mais dentro do metal, mas não esquecendo as suas raízes.

   Com Kampino (voz), Pedro Frazão (guitarra), João Litrona (baixo) e Nuno sousa “China” (bateria) temos banda para muita animação e energia em palco. Foi com o Pedro Frazão que fomos saber mais dos Konad.

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Viva Pedro! Muito obrigado pela tua resposta positiva para esta entrevista à Ode Lusitana e da qual agradeço. Mas vamos ao início de tudo. Ainda te lembras de como começou esta tua paixão pelas sonoridades mais pesadas? Quais as bandas que te despertaram esse interesse? Tinhas um grupo de amigos onde partilhavam essas novas descobertas?

Boas Marco!! Sem dúvida que são memórias inesquecíveis. Aquela partilha adolescente com os amigos que (alguns) mais tarde viriam a ser colegas de banda. Iron Maiden, Wasp, Sepultura, Metallica, Slayer foram bandas marcantes para mim e para muitos dos jovens da época. Foram a porta de entrada num mundo simplesmente brutal!

 

Com o passar do tempo como nasceu essa tua vontade de tocar guitarra? Por vezes as pessoas ligam a paixão de tocar um instrumento com algum ídolo que se tem. No teu caso foi assim que aconteceu? Eras um assíduo frequentador de concertos na altura?

Mais tarde sim, tornei-me num frequentador de concertos. Em 1988, quando comecei a tocar guitarra, não havia muito acesso a material fonográfico nem os eventos em Portugal eram o que são hoje em número ou em qualidade (por vezes quantidade) de acesso à informação e facilidade de publicitar os mesmos. Quanto à guitarra, desde cedo me liguei com a sonoridade deste instrumento, mas a descoberta de Death e Chuck Schuldiner provocou um grande impacto naquilo que a música se tornou para mim, enquanto consumidor e músico.

 

Com início em 1992 fazes parte de Encancrate, banda de death metal melódico, mas que no ano de 1996 ao editarem a demo de estreia “A New Cicle of Fear”, também se torna o ano de fundação de Konad Moska, que mais tarde mudariam de nome apenas para Konad. Como surgiu a ideia junto com o Kampino, na altura também baterista dos Encancrate, enveredarem por um projecto dedicado na altura a uma veia mais punk? Sentias alguma saturação ligada ao Metal ou tinhas interesse neste movimento punk? Quais as bandas do estilo que te marcaram?

Algures no seu percurso Encancrate “bateu numa parede”. Tínhamos editado uma demo com boa aceitação, participámos em vários concertos e concursos, mas do ponto de vista de composição algo estava bloqueado. Assim, nos ensaios começámos a compor e tocar alguns temas (“Dá-lhe Gás”, “Kasal Ventoso”, “Vaka Louka”) num ambiente de descontração. Na altura as minhas referências seriam Exploited e Ratos de Porão. A coisa foi ficando interessante e acabámos por nos estrear ao vivo numa festa de Carnaval no extinto Lusideia Bar em Samora Correia. Mais tarde os Encancrate separam-se e o Kampino manteve viva a chama de Konad Moska. Ele sempre foi o mais punk de nós os dois (Eheheh). Apesar de, do ponto de vista social me identificar com o movimento, na época o punk enquanto música não estava na minha wishlist, ainda havia muito metal para devorar e era essa a sonoridade que me deslumbrava.

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Após uns anos iniciais conturbados em 2007 tens um retorno à banda e com esforço e dedicação vão ganhando uma notoriedade diferente, onde os lançamentos vão acontecendo e entre outros é de salientar o vosso primeiro longa-duração “Café Beirute” em 2012. Mas neste vosso último álbum “Irae Dei” a viragem para o metal, mais propriamente o crossover, é bem evidente. Como se deu esta evolução dentro da banda? As entradas do Márcio e Litrona (baixo) e André e China (bateria), tendo a passagem do Kampino apenas para a voz teve também influência na vossa sonoridade?

Sempre houve uma dualidade dentro das nossas bandas. Eu e o Kampino entrosamos de forma singular como pessoas e músicos. Somos amigos de longa data e o trabalho em conjunto tem sido pautado pela gratificação, sinceridade, partilha e uma busca por uma melhoria constante. Eu mais metal, ele mais punk. As bases de construção de ambos foram as mesmas, ele é um dos amigos do início da minha vida musical no rock pesado. Obviamente que o nosso percurso musical foi diferente após a génese, mas isso é, na nossa opinião, uma mais valia deste projeto, a possibilidade de misturar os dois mundos e a nossa abertura para o fazer. Quanto às mudanças de alinhamento, na questão do baixista deu-se à saída do Karmo por questões pessoais. O assumir da voz pelo Kampino era algo que já era tema de discussão há algum tempo. Com o trabalho de desenvolvimento do “Irae Dei” mostrou-se notório que o trabalho de voz e bateria se tinha tornado incomportável de executar em conjunto. Decidimos não comprometer o álbum e sim fazer o que nos ia na alma. Foi um passo natural.

 

As vossas letras, cantadas em português, versam a crítica social, o que dá ainda mais força à ideia expressa pelo vosso som. Estamos numa sociedade sem retorno, onde faltam os princípios e os valores? JJ Janiak dos Discharge refere que a “humanidade não está preparada para uma verdadeira anarquia porque as pessoas não conseguem viver em paz e coexistirem sem se matarem e roubarem umas às outras”. Concordas que esta visão caótica já se encontra entrada nos genes humanos?

Epá, o sociólogo é o Kampino, eu sou um homem da ciência (Eheheh). Mas parece-me evidente que estamos numa sociedade muito decomposta, não só em termos de valores, como em separação de classes e racial, assim como com uma grande componente de corrupção ativa, sem escrúpulos e tão in your face como os nossos temas. Considero o ser humano destrutivo por natureza. E atualmente essa agressividade até passa para as redes sociais. Cada vez mais as pessoas se separam do real e se mostram “heróis” ou demonstram aquilo que realmente são atrás de teclados. Estamos num caminho negro…

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Qual a reacção que tens tido deste vosso lançamento, assim como dos concertos que tem efectuado? Portugal é um país onde o punk e o metal na generalidade tem partilhado os mesmos palcos com boas reacções de parte a parte. Como consideras esta abertura por parte destes dois estilos? Afinal temos mais em comum do que muita gente pensa?

Temos tido reações muito positivas. No geral o álbum é bem recebido e agrada a gregos e a troianos. Na verdade a sonoridade mais crust que injetámos no “Irae Dei” teve esse efeito. É verdade que por motivos organizacionais é útil catalogar as bandas, mas na realidade entre metal e punk não existe um fosso assim tão grande quanto se possa por vezes imaginar, especialmente quando enveredas por géneros mais extremos do punk. Para quem realmente gosta de boa música, ver ao vivo num mesmo evento, bandas de ambos os estilos é até enriquecedor.

Pedro, por aqui termino a entrevista. Novamente muito obrigado! Estas últimas palavras são tuas, por isso estás à vontade para dizeres o que te vai na alma. Ficamos a aguardar novidades breves de Konad!

Obrigado Marco e Ode Lusitana por proporcionarem esta possibilidade de falar um pouco de Konad e daquilo que é uma das minhas paixões de vida. Celebramos, em 2016, vinte anos de banda e estamos a preparar uma surpresa engraçada para o pessoal que nos acompanha. Em breve haverão notícias mais detalhadas. E a todos que têm paixões persigam-nas avidamente e não deixem nunca que essa chama morra sem que se sintam realizados… Abraço!!!